As árvores balançam seus galhos com suavidade, ao sabor da brisa fresca, mas não há quem observe esse leve vaivém, o cair de uma folha que mal roça o espaço entre o galho do qual se desprende e o chão.
O cantar da cigarra é abafado pelas buzinas e roncos dos motores. O mar encrespado pelo vento fica salpicado de pontinhos brancos semelhantes a porções de glacê cremoso. Pequenas aves marinhas voam por sobre as ondas sem se preocupar com a falta de tempo dos humanos.
No entanto, quando o sol começa a descer no horizonte, a inundar o céu de todos os tons da aquarela, mesmo os mais apressados param por alguns instantes e olham a bola incandescente que lentamente vai sendo engolida pela linha que divide céu e mar.
Felizmente - no meio dessa pressa insana - ainda há tempo para o pôr-do-sol. Resta, pois, uma esperança...
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