Próxima parada: pôr-do-sol

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Gosto de ouvir os ruídos que vêm da rua. Esse barulho de cidade grande dá-me a sensação que faço parte de um mundo meio sem tempo. Há uma urgência presente nas coisas, nas pessoas... É como se vivêssemos à beira de uma catástrofe iminente, um apocalipse inadiável. Corre-se de um lado para outro num afã de formigas em vésperas de longo inverno chuvoso.
As árvores balançam seus galhos com suavidade, ao sabor da brisa fresca, mas não há quem observe esse leve vaivém, o cair de uma folha que mal roça o espaço entre o galho do qual se desprende e o chão.
O cantar da cigarra é abafado pelas buzinas e roncos dos motores. O mar encrespado pelo vento fica salpicado de pontinhos brancos semelhantes a porções de glacê cremoso. Pequenas aves marinhas voam por sobre as ondas sem se preocupar com a falta de tempo dos humanos.
No entanto, quando o sol começa a descer no horizonte, a inundar o céu de todos os tons da aquarela, mesmo os mais apressados param por alguns instantes e olham a bola incandescente que lentamente vai sendo engolida pela linha que divide céu e mar.
Felizmente - no meio dessa pressa insana - ainda há tempo para o pôr-do-sol. Resta, pois, uma esperança...


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