Santa Teresa de Jesus dizia que a imaginação é a louca da casa. Há dias que essa louca que em mim habita, pinta e borda na minha cabeça e preciso amarrá-la com os fios do pensamento para contê-la. A todo custo essa louca me instiga, sussurrando: “Escreve sobre mim”.
Prepotente, exibicionista, faminta de glória — a coitada não sabe que há fracasso também — ela quer sair por aí flanando de letra em letra, de palavra em palavra como borboleta que adeja aqui e ali beijando as flores. Não entende que para se escrever é preciso dom, inspiração.
A matéria prima do poema, do conto, da crônica, ou seja qual for a tipologia textual, é a vida, sem dúvida nenhuma, mas o elemento complicador aí, é você transformar o real em algo absolutamente abstrato, dar-lhe uma roupagem nova e fazê-lo real novamente em forma de palavras escritas.
Apesar de baseada nas experiências nossas ou alheias, a crônica, o conto, o romance tornam-se pura abstração, daí o poder que se tem de fantasiar, deixar a “louca” desembestada fazer o que quiser.
Difícil mesmo é ter condição de fazer essa simbiose com certa constância. Essa amálgama literária não é fácil. Escrever não é como abrir a torneira e deixar a água jorrar livremente. Há dias que a fonte está seca.
Como hoje é um desses dias, coloquei a minha louca da casa na camisa-de-força e resolvi apelar para alguém cujo manancial inspirativo é fonte sempre perene. Abaixo estão versos maravilhosos de Mário Quintana
2 comentários:
A louca da casa de algumas pessoas são tão diferentes dessa aí rsss não é poética e muitas vzs nem sabe escrever direito,aqui memso de vez em qdo algumas delas aparecem kkkkk
Acho que vc entende, não é?
Muito lindo o poema ,
Olá!!
Muito bom mesmo!!
Espero que tenha uma ótima tarde!
Deixo meu beijo e espero por vc no Alma!
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