Infinitude

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Assombrava-me a ideia de finitude. Vivia ensimesmada remoendo um sentimento de urgência como se o mundo fosse acabar de uma hora para outra. Procurava entender o porquê desse estado angustiante, mas quem poderá ter resposta para o inquestionável? Os pensamentos não tinham meio só princípio e fim, como se ao iniciar uma ideia, de repente, perdesse a memória e chegasse ao final em completa estupefação pelo absurdo do processo.

Queria explicações, minúcias, detalhes dessa coisa a que chamamos vida. Onde de fato tem início a nossa linha do tempo? Ao nascer? Antes disso? De repente você acorda e pensa: sou gente, estou vivo e sou integrante de uma sociedade que se diz humana. Sou mulher, sou homem, sou menino, menina. Devo aprender listas intermináveis do que é certo e do que é errado. Terei pessoas escolhendo tudo para mim: comida, roupa, hora de dormir, tomar banho, brincar, os amiguinhos, escola...

Sem estar ainda preparada, embora pense ao contrário, dou-me conta que já sou dona de mim e de minhas escolhas. Passarei o resto da vida errando e acertando. Achando que tudo corre às mil maravilhas, para descobrir adiante que as maravilhas viraram pesadelos. Na trilhas das dos amores, ficarão o salpico de lágrimas, misturadas a marcas de batom vermelho com gosto de paixão e desejo e um réquiem no final.

Não sei se existe alguma forma, mas tentarei erguer margens a minha volta e deixarei que minha vida apenas flua, serena, vagarosa para em um momento qualquer, de um dia qualquer desaguar num oceano sem águas, num mar de nuvens, num espaço luminoso, no infinito. Então não haverá começos e nem fins. Apenas o sempre, o eterno e Deus.


1 comentários:

Gilce Veríssimo disse...

Está lindo o seu blog.Parabéns!E que belo texto!
Abraço
Gilce Veríssimo

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